A Margem no Centro
O livro-reportagem intitulado "A Margem no Centro - Os jovens das periferias de São Paulo nas universidades públicas brasileiras" foi produzido como parte do trabalho de conclusão de curso exigido para a obtenção do título de bacharel em Jornalismo.
Foram realizadas sete entrevistas em sua produção. Um especialista: Bruno Casalotti, graduado em Ciências Sociais, mestre em Sociologia e professor universitário. Além dele, conversei com seis personagens: Anderson Andrei, um jovem da periferia de Francisco Morato e aluno do curso de Ciência da Computação na Universidade de São Paulo (USP); Dhiego Carreira formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nascido e criado na zona leste da cidade de São Paulo; Gabrielle Costa, jovem da periferia da cidade de Guarulhos, graduada em Letras também pela Unifesp; Gleicy Kelly, estudante do curso de enfermagem da USP, também oriunda da periferia de Guarulhos; Thiago Torres, popularmente conhecido na internet como “Chavoso da USP”, aluno do curso de Ciências Sociais na USP e natural da Brasilândia, periferia da cidade de São Paulo; e Vitória Maria matriculada em Engenharia Química, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, nascida no Bairro dos Pimentas, região periférica da cidade de Guarulhos.
O primeiro capítulo traz dados sobre o cenário atual do ensino superior brasileiro e observações feitas pelo sociólogo Prof. Ms. Bruno Casalotti. Já a partir do segundo capítulo, temos os perfis dos seis jovens de periferias paulistas. São trazidos relatos destes jovens a respeito de suas infâncias, convivência familiar, passagem pelas escolas públicas de ensino regular, os períodos pré e pós-vestibular. Além disso, também são abordados casos de preconceito e as maiores dificuldades dentro da academia.
As histórias, contadas gradualmente, têm a intenção de apresentar as diferentes trajetórias destes jovens que tomaram rumos diferentes, com pontos de partidas diferentes, mas que se conectam uns as outros, quando analisados pelas lentes da educação e da desigualdade social. Foram utilizadas como metodologia os cortes de gênero e raça entre os entrevistados: três homens e três mulheres; quatro negros e dois brancos.
Como marca da cultura periférica, a ilustração de capa foi produzida pelo artista periférico Tom Vida Livre, são utilizadas também tipografias que remetem ao grafite e cada capítulo é aberto com uma epígrafe de um rap nacional, ao final, é fornecido acesso às playlists abaixo.