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Black Panther: A primeira sul-americana a conquistar o título de campeã mundial de kickboxing

Atualizado: 8 de nov. de 2018

Por: Jackline Venceslau

Saiba mais sobre a trajetória de dessa paulista de 41 anos que representou o Brasil em diversos países


Reprodução: Arquivo pessoal

Tudo começou em 1996, quando iniciei no esporte através de um convite de um professor de kickboxing. Eu não sabia que tipo de modalidade era essa, mas acabei me identificando. A partir desta prática comecei a minha vida esportiva. Nada foi fácil, na época de 90 tudo era mais difícil, desde equipamentos até mesmo desempenho em treinamentos.


Após tantos anos me dedicando, obtive um amadurecimento profissional e a formação em educação física. O nível de conhecimento que adquiri sobre treinamento foi o impacto que eu precisava para a melhoria da minha performance. Obtive o patrocínio da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), que foi um grande incentivo para deslanchar minha carreira disputando campeonatos importantes, nacionais e internacionais. Envolvi-me também na prática de boxe e muai thay, não foi diferente: melhor atleta, na categoria 54kg.

Em 2005, participei da primeira seleção brasileira de boxe. Fui medalha de bronze na modalidade dos 50kg, no Pan-Americano realizado na Argentina. Infelizmente, nesta competição sofri uma lesão no braço. Mas, isso me deu força para continuar no esporte e eu segui, graças a Deus.


No kickboxing, consegui títulos em todos os campeonatos do calendário anual: Campeonato Brasileiro, Copa Brasil, Pan-Americano e Sul Americano, em diversos anos. Me tornei a melhor atleta brasileira, na categoria de 56kg. Como toda atleta sempre sonha alto, quando obtém uma margem alta de conquistas, faltava me tornar campeã mundial de um campeonato profissional. E, um dia, o sonho chegou através de um convite do presidente da Confederação Brasileira de Kickboxing, Paulo Zorello, para a disputa do mundial na África, no Gabão, em 2014.


Quando aceitei o convite, em menos de 20 dias estaria embarcando para o torneio. Como já vinha de um nível forte de treinamentos, não foi um problema. Mas é claro que tive certa preocupação, era um campeonato de muita responsabilidade, que colocaria na balança todas as minhas conquistas, de uma vida inteira. Porém, coloquei nas mãos de Deus e resolvi encarar. Não sabia praticamente nada sobre minha adversária: Edou Pelagie. As únicas coisas que eu sabia é que ela era detentora de três títulos de campeã mundial, é dez anos mais jovem do que eu e também usava o nome de Black Panther. Eu iria para a disputa do cinturão na casa dela. Cinco rounds por três minutos.


A minha vontade de ganhar era tão grande que venci todos os rounds. Foi fantástico! Em 26 de agosto de 2014, me tornei a primeira mulher do continente americano a conquistar um título mundial. Agradeço a Deus por me conceder esta vitória.


*Texto narrativo produzido para a revista acadêmica esportiva No Pódio

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